segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Política Aristotélica

               Aristóteles escreveu dois grandes trabalhos sobre a ciência política: "Política" (Politéia) que provavelmente eram lições dadas no Liceo e registradas por seus alunos, e a "Constituição de Atenas", obra que só se tornou mais conhecida, ainda que em fragmentos, no final do século XIX, mais precisamente em 1880-1, quando foi encontrada no Egito; registra as várias formas e alterações constitucionais que ela passou por obra dos seus grandes legisladores, tais como Drácon, Sólon, Pisístrato, Clístenes e Péricles e que também pode ser lida como uma história política da cidade.
                A "Política" (Politéia) divide-se em oito livros, que tratam: da estrutura da cidade, da escravidão, da família, das riquezas.E também idealiza qual é o modo de vida mais desejável para as cidades e os indivíduos. Conclui a obra com a finalidade da educação e a importância dos assuntos a serem lecionados.
                "O homem, quando perfeito, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando afastado da lei e da justiça, pois a injustiça é mais perniciosa quando armada, e o homem nasce dotado de armas para serem bem usadas pela inteligência e pelo talento, mas podem sê-lo em sentido inteiramente oposto. Logo, quando destituído de qualidades morais, o homem é o mais impiedoso e selvagem dos animais, e o pior em relação ao sexo e à gula"
Aristóteles - "Política", 1252 b
                A política aristotélica é fundamentalmente ligada à moral, porque o fim último do estado é a virtude, que tem como objetivo a formação moral dos cidadãos. O estado é um organização moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa. A política, entretanto, é diferente da moral, por esta ter como objetivo o indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. A finalidade da política seria a de descobrir a maneira de viver que leva à felicidade humana.
                O bem comum seria superior aos bem individuais. Seria através do estado que o individuo conseguiria a satisfação de todas as suas necessiadades, já que o homem, sendo naturalmente animal social, não pode ser perfeito sem a comunidade.
                Quanto à forma do estado, Aristóteles aponta três principais: a monarquia, que é o governo de um individuo, cujo caráter e valor estão na unidade, e sua degeneração é a tirania; a aristocracia, que é o governo de poucos individuos, cujo caráter e valor estão na qualidade, e sua degeneração é a oligarquia; a democracia, que é o governo de muitos individuos, cujo caráter e valor estão na liberdade, e sua degeneração é a demagogia. Aristóteles prefere uma república democrático-intelectual que é a forma clássica do governo da Grécia.


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(Postado por Sulamita Vicente)

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